9 de out. de 2011

De volta

Sempre é bom voltar pra casa. vc se sente segura, salva. vc está inteira.
Voltar pra casa é algo bem mais que apenas voltar ao conforto do que se conhece. É retornar ao que você conhece, é está de volta ao doce e ao amargo.
Eu estou voltando ao lar.
Depóis de tanto tempo longe, em outras estradas, estou retornando ao meu caminho.
Estive tanto tempo ausente que me sinto como uma novata, uma estreante. Ainda tímida ao ocupar um espaço desconhecido...
Mas é bom voltar pra casa, voltar e descobrir que nada é assustador o bastante porque você esta de volta ao que te conforta.
Bem, eu estou voltando.

28 de nov. de 2010

Poema da alegria




Vamos brincar de encantar o mundo com beleza e suavidade.
Vamos brincar de sorrir e dançar, pois o tempo pede alegria e esperança.
Eu sou da geração que solta o corpo sem medo de ser feliz!
Vamos nos dar as mãos e cantar.
Vamos rodar e girar; não vamos parar.

Saiamos para ver a lua nascer no céu e ficar até que o sol retorne com suas cores. Vamos dormir fora ao luar, sobre a areia da praia, à luz da fogueira e ao som do silêncio e do mar.

Vamos amar uns os outros e nos doar para a vida.
Sonhemos de olhos bem abertos porque estamos acordados, mas isso não importa porque o importante mesmo é estar conectado com o que acontece ao nosso redor.
Realizemos nossos desejos de paz e esperança de um mundo melhor.
Rezemos baixinho para que nossas preces alcancem o céu e se realizem. Mas tem que ser de coração.
Vamos fazer de conta que o mundo é da cor do nossos sonhos.
Algodão doce.
Você é o que deseja e o que transmite, então seja luz e seja amor.
O mundo florescerá através de você e de seus atos.

O que você quer deixar de herança?

Somos a geração que dança, a geração que canta, a geração que sonha. Sejamos a paz que tanto pedimos, pois o amor começa em nós.
Façamos uma prece afinal.
Façamos aquilo que sonhamos.

O mundo se curará.


24 de nov. de 2010

A queda


Quando se ama alguém ele vira todo o centro de seu mundo, de todo o universo para você.
Quando se ama alguém, coisas pequenas, pequenos detalhes como defeitos, não importam nada, porque você o ama.

E quando o objeto do seu amor é alguém praticamente inatingível, quando você ama em segredo, a palavra altar é muito pouco para descrever o lugar em que ele reside no seu coração.

Ele se torna um ídolo, um ícone, um herói...
E não há evidências boas o bastante para te provar que aquela pessoa tem defeitos, que ela não passa de alguém comum. Você a coloca num altar e lá a mantém; até quando ninguém sabe...
Você vive em função de um amor que não é correspondido porque o objeto de sua adoração não faz a mínima ideia de quem você é, ou mesmo que você existe... e o adora em segredo.
Por mais que o tempo passe e outras pessoas surjam, ele - seu amor platônico - ainda vai estar lá. E sempre inatingível, sempre fora de alcance, sempre sem máculas.
Você o mantém em um pestestal.
Daí, com o passar dos anos e a constante frustração de nunca ter aquele sentimento tão real e verdadeiro - pelo menos para você - não correspondido pelo seu herói, e você conhecendo novas pessoas e ele dando seguimento a vida dele sem o conhecimento de seu amor, você se dá conta de que aquela pessoa maravilhosa que você ama também erra.
E erra feio.

Ela tem defeitos e eles podem ser os piores.

E até que você se dê conta, aquela pessoa simplesmente deixa de existir e passa a ser um ser completamente normal, humano, comum.

E cai do pesdestal em que você por tanto tempo a manteve.

E aí vem a dor.
A dor do tempo perdido - a dor da decepção.
Porque mesmo sem saber você a culpa por não ser aquela pessoa que você queria que ela fosse. Você se decepciona porque queria que ela correspondesse aos ideais que você criou.
Você se desaponta consigo mesma, mas não consegue admitir isso para si porque aí a dor seria maior. E deixa completamernte de acreditar no sentimento que antes dominava sua vida - ou pelo menos a ideia do sentimento.
Admita: você viveu uma mentira por anos e anos.
Ele não te ama, não sabe quem você é e você perdeu um tempo precioso nutrindo um sentimento vazio - porque amor significa 2 - por alguém que nem é realmente aquele que você pensava que era!

Cara, você é uma idiota!

Como pode ser tão cega a ponto de levar uma fantasia tão longe e por tanto tempo?
Se enganando...
E então vem a queda.

A queda de um amor platônico. De uma imagem de pesoa que apenas existia na sua cabeça.

E vem também a descoberta.
Ela não é perfeita e infalível.
Ela tem defeitos e você pode enxerga-los agora. E não consegue se acostumar com isso. Nada é como costumava ser e você está tão confusa! Por um lado a descoberta de que tudo não exitiu e por outro a dor de ter que deixar todo o investimento afetivo para trás e seguir em frente...
Mas para onde? Você ainda é capaz de confiar no amor?
Você sente que está traindo aquilo que sentia. Você está confusa. E vai demorar um longo tempo até ter o mundo de volta nos eixos...
A queda não é dele do pedestal que você criou, mas sim sua; da fantasia que você viveu.

Hora de seguir em frente.

Só.

7 de nov. de 2010

Amo como quem morre


Amo como quem morre. Amo como quem morre de uma morte lenta, solitária, doída.
Amo de um jeito que muita gente não acharia normal amar.

Amar é uma doença...
Mas não sei de outro jeito de amar, de doar, de ser.

Não sei de que outra forma é possivel ser amada...
Pra mim é tudo ou nada.

E nada mais importa a não ser o cheiro do ser amado. O gosto na boca depois do beijo que incendeia as veias. Do cheiro da pele depois da tempestade.

Nada mais é vida depois disto. Nada pode ser depois da despedida até o outro dia.
Amo como quem morre porque amar é morrer um pouco.

Morrer de amor, de dor, de alegria e felicidade.

Morrer de saudade.
O toque na pele é lava, é vulcão em erupção. O beijo é doce veneno.
Ou será uma droga? Ele vicia, então deve ser... mas também mata aos poucos, e não posso deixar de pensar que é o mais delicioso dos venenos.
Amar é doar, é ser, é estar, sentir, é viver.
Amar é morrer aos poucos.

Por isso eu amo como quem morre, porque eu amo intensamente, insanamente. É o único jeito de amar.
O dia não é dia se não há a voz do outro lado da linha.
Não há sol suficiente se o abraço não é o dele - apertado, cálido, arfante, perfumado...

Cheiro de pele é o que acende, é o que anima e o que faz morrer.
Porque amar é doação.
Tempo, carinho, cuidado, paixão - doa-se tudo sem precisar pedir nada em troca.

Porque amar é suficiente.
Amar é dor. Daquelas gostosas, das que os mostram que continuamos vivos.
Não há nada como o rastro da saliva na pele, o som da voz rouca no ouvido.
Pele. Unhas. Cabelos. Tecido.

Tudo numa espiral. Tudo é som e cheiro - DESEJO.

Por isso eu amo como quem morre - porque sou insana, intensa.

Sou frágil, medrosa. Louca!

Mas também sou destemida, vigorosa, consistente - forte.

Cheia de contradições e sem regras - porque o amor é assim: por ele mesmo se define.

E não há amor maior do que aquele que nos mata aos poucos - morrendo de amor.

Que consume, que inunda, transtorna e ascende.

Porque amor é desvario.
Por isso eu amo como quem morre - porque amo e isso basta.

Porque amo e estou bem com isso.

4 de nov. de 2010

Chega de receitas!

Eu vivi minha vida achando que o certo era fazer planos. Planos para o futuro, planos para o agora. Planos que deveriam me guiar, que seriam minha salvação.
Eu não fiz muitos e os que fiz acabaram não dando certo ou funcionando muito mal.
E por muito tempo eu me recriminei e ainda me recrimino por nao poder elaborar bons planejamentos. E não viver de acordo com eles.
Mas quer saber? Eles não funcionam!
Não adianta!
A vida não é uma receita de bolo, ela não reage de acordo com os ingredientes que colocamos na forma. A vida nunca seguiu regras. Porque seguiria as nossas?
Porque a vida deveria ser certinha? Como eu poderia planejar os acontecimentos de 5, 10 anos, se não consigo nem lembrar o que quero pro almoço?
A vida não segue receitas, não segue regras.
Ela acontece.
E nós vivemos e nos adaptamos de acordo com os acontecimentos.
A vida é isso.
Dando um passo de cada vez, vivendo cada segundo. Não espere nada e não se decepcionará com o que vier.
Não digo que não devemos ser previdentes, mas o que quero dizer é que não adianta nada nos apegarmos com afinco a planos que podem não dar certo.
Passamos tanto tempo planejando e tentando viver de acordo com o que traçamos que esquecemos do mais importante: curtir a vida agora. Hoje. Já.
Dizemos que tudo o que fazemos agora é para aproveitar um futuro melhor, mas esquecemos que o amanhã que chega é hoje, ou seja, vivemos um sonho de futuro que possivelmente nunca chegará. Ficamos apenas no sonho.
E esquecemos de aproveitar o melhor da vida: o hoje.
Então deixei de lado muitos dos meus planos. Eu apenas procuro viver o melhor que a vida pode oferecer, tentando aproveitar o que tenho nas mãos.
Eu decidi viver.