9 de dez. de 2009

A volta dos que não foram

Decidi dar um tempo. Um tempo a mim, um tempo a você, um tempo ao mundo.
Eu me voltei para outras coisas, mas não tão outras assim...
Eu deixei isso aqui para encontrar algo novo, melhor... mas não achei. Pelo menos não onde eu procurei.
Para deixá-los atualizados eu não fui muito longe. Eu me diverti, isso é certo, mas me estressei com a mesma frequência [ou mais] que o normal. Talvez seja apenas o período do ano... minhas baterias andam baixas e meu humor oscila como as marés.
Desde segunda eu ando contando e fazendo a monja mais vezes do que seria aceitável para não ceder aos meus instintos assassinos e trucidar algumas cabeças... ahhh, o meu controle! O que eu seria sem ele?
Esta pobre alma que vos fala está para entrar em período de hibernação em pouco tempo e assim conseguir o tempo necessario para se refazer.
Cruzem os dedos!
Atualizando mais, ainda vivo na mesma zona de guerra, embora ela esteja se refazendo do último bombardeio.
Bem, não sei mais o que falar. Parece que quando penso dizer algo, já está defasado.
Então acho que vou ficando por aqui mesmo, antes que algo mais aconteça ou deixe de ser.

2 de nov. de 2009

Zona de guerra


- Vamos tentar manter em mente que eu já havia avisado que não sabia por quanto tempo poderia manter meu santuário em perfeita harmonia, ok?
Não há harmonia que resista a um fim de ano!
Tudo bem, então. Eu não consigo manter promessas.

Meu antigo paraíso, onde eu ficava horas como uma idiota admirando, converteu-se em uma completa e desgraçada zona de guerra.
E por enquanto esqueçam os armistícios... não haverá paz no front.
Pelo menos não enquanto não superarmos nossas desavenças.
Pelo menos não enquanto eu não recuperar o fôlego e a paz de espírito.
Não, até o novo ano chegar.

Eu vivo em uma zona de guerra.

Não do tipo que se espera encontrar usualmente, mas ainda assim, angustiante.
Corpos destroçados se converteram em sapatos e objetos espalhados pelos cantos mais remotos do quarto. O sangue fluindo pode ser facilmente comparado com a crescente camada de poeira nos locais onde não consigo [e nem tenho coragem ou paciência de limpar].
Destroços, vocês podem com toda certeza pensar... em toda cidade onde a guerra assola, há destroços. Nada se compara a total e generalizada desorganização em escala ascendente deste lugarejo chamado
quarto.
Meu guarda-roupas, antes tão bem organizado [lembram de tudo no lugar, cabides alinhados e roupas separadas por cores?] hoje parece ter sido bombardeado com ogivas nucleares.
Nada sobrou em seu devido lugar. Apenas uma coisa permaneceu inalterada: a primeira gaveta. Ela ainda conserva meu hábito obsessivo-compulsivo de roupas dobradas e separadas de acordo com sua coloração.
E apenas isso. Uma zona neutra em meio à desolação...
Não me perguntem como esse milagre ocorreu; só o que sei é que pode haver esperanças, afinal.
Os relatos aqui não são resultado dos últimos acontecimentos [muito pelo contrário...].
As hostilidades vem ocorrendo há algum tempo sem que os moradores locais [pobres cabides e roupas!] esboçassem alguma reação. Então, sem que tivessem percebido, o caos estava instalado e o conflito intensificado, sem nenhuma possibilidade de cessar as hostilidades entre as partes - pelo menos por enquanto.
Nada se encontra no lugar. Tudo está de cabeça para baixo, revirado [qualquer analogia com meu estado de espírito não é mera coincidência].
Podem imaginar o que essa zona de caos está fazendo com os nervos TOCnianos desta que vos fala? [Oohhh céus!].
Neste território ocupado, onde são travadas inúmeras batalhas diárias para encontrar um par de sapatos, a blusa perfeita, ou mesmo meu controle remoto, é onde tenho vivido. O guarda-roupa [com artigo mesmo] já nem considero meu. É a parte mais devastada e deplorável, a região mais atingida desde o início das ofensivas. Seu estado é tal que tenho medo até de abrir uma das portas e ser soterrada por uma avalanche de destroços do que antes era o meu orgulho em organização. O ataque nuclear teve seu epicentro a partir dele.
Encontrar sobreviventes é uma tarefa árdua, que pretendo dar início em breve.
O resgate das vítimas, a remoção dos entulhos e a recontrução do meu antigo santuário deve me dar algo em que trabalhar... só posso me perguntar quando isso vai ocorrer...
Até lá espero sobreviver sem mais danos, espero que as coisas entrem nos eixos e a paz possa reinar novamente dentro deste quarto e que ele se converta de novo em meu antigo, amado e sagrado lugar de paz; o reino das cores em escala degradê (do mais claro ao mais escuro), cabides harmoniosamente alinhados (dois dedos entre cada um), objetos alinhados e em simetria...
Ahh, a ordem no paraíso!

Que esses dias de paz surjam em breve no horizonte!

E que seja logo..

1 de nov. de 2009

Pensamento inquietante em um domingo de sol

Resolvi ceder às súplicas mais que chorosas de minha amiga-irmã e deixar minha abalada pessoa em casa e sair com a que gosta de sol e mar em um dia pleno de praia.
Deixei em casa a garota que não se sentia bem, aquela que estava frustrada e triste, aquela que não sabia o que estava sentindo e tirei do armário, aquele dentro de mim, a menina que adora sol e conversas à beira-mar, que ama curtir um dia ao lado de uma pessoa tão maravilhosa que me faz esquecer de tudo o que não gosto de lembrar, de tudo o que não vale a pena ser vivido. Que me faz aproveitar o simples prazer de sentar e olhar a junção do azul do céu com o verde do mar, de conversar sobre qualquer coisa e sobre nada em especial.
Ela me faz bem em qualquer circustância.
Ela me faz rir. De tudo e de nada.
E no meio de um dia tão calmo e bom, ela me fez uma pergunta que ainda está na minha cabeça:
- Se você pudesse voltar no tempo e consertar alguma coisa, o que seria?
Confesso que na hora a pergunta me pegou de surpresa e eu não soube o que responder. Não pensei quando respondi, afinal eu não estava a fim de filosofar quando o mar me convidava a brincar de Alice...
Mas agora, aqui, com o pé na realidade real, eu fico pensando:
se eu tivesse a chance de voltar, o que eu mudaria?
Minha primeira resposta, ainda na praia, foi que eu estudaria mais, me dedicaria mais a alguns projetos no meu tempo de faculdade... não consegui pensar em nada mais que isso.
Mas agora, pensando melhor, eu faria mais que isso. Eu mudaria muita coisa.
Eu aproveitaria melhor o tempo de minha vida, afinal ela é tão curta!
Eu usufruiria da companhia de pessoas que passaram por mim, como cometas que vieram para iluminar tão brevemente minha existência. Eu seria mais paciente com eles, aprenderia mais e aproveitaria o tempo que me foi dado.
Eu tentaria viver mais intensamente, quem sabe trangredindo algumas regras... eu não sei.
Seria menos pacífica a respeito de algumas coisas, contestaria mais.
Eu demonstraria com mais intensidade meus sentimentos, e eu faria isso de modo mais contundente. Eu me exporia mais.
Há muitas outras pequenas coisas que eu mudaria, outras grandes, mas ainda não consigo enumerá-las bem em minha cabeça. Talvez eu nunca consiga.
Só o que sei com toda certeza é que se eu tivesse a oportunidade de mudar uma única coisa, apenas ela e mais nada, se me fosse dada a chance de voltar, eu voltaria para dizer e mostrar aquelas pessoas que eu amo tanto o quanto foram importantes, o quanto me ensinaram, e eu mostraria toda a profundidade do que sinto.
Eu diria EU TE AMO MUITO! Eu DEMOSNTRARIA meu amor.
Se me fosse dada a chance de voltar eu aproveitaria o tempo que me foi dado intensamente.
E acho que isso me tornaria uma pessoa melhor em muitos sentidos agora.
Eu seria mais feliz por isso.

31 de out. de 2009

Caindo na real


Eu previra confetes e serpentinas para este fim de semana...
Previra sorrisos e uma loucura sem fim, onde eu certamente acabaria doida e internada em poucas semanas depois do frisson pelo qual estou passando... mas nada aconteceu.
Guardem os fogos de artifício, os confetes devem ser escondidos e as serpentinas novamente enrroladas.
Nada vai mudar. Pelo menos por enquanto.
Nada de mudanças.
De certo modo isso deveria ser claro como água: não podemos contar com nada como certo até que se torne realidade pura e palpável!
De certo modo isso era bem real: não tinhamos nada certo.
Então não haverá mudança pelos próximos tempos, não haverá alvoroço, nem eu enlouquecerei mais do que me permito diariamente. Não surtarei mais do que normalmente surto nesta época do ano.
Tudo continuará como sempre foi. Estaremos bem aqui, como sempre estivemos.
Apenas esperando novamente pela chance de mudar, de fazer dar certo.
Pode ser daqui a poucos meses ou talvez não.
Eu não sei... não quero mais ter esperanças e vê-las desfeitas.
Ahhh, sei como é difícil de cumprir essas coisas que digo. Não me permitir sonhar! Essa é boa!
Sou uma sonhadora irremediável! Faz parte de quem eu sou, de minha essência em todas aquelas em que me torno para me definir como eu.
Eu sou sonhadora!
E gosto disto em mim, apesar do consequente [e invariável] resultado.
Isso pode ser algo ruim ou algo muito bom. Depende muito do ponto de vista e do meu humor no dia.
Hoje eu classifico como ruim. Afinal eu sou sonhadora [e sonho muito alto!], então eu fiz todo um planejamento, elaborei a mudança, preparei meu espírito mais calmo, fiz minhas contagens e treinei minha respiração para o que estava por vir, eu imaginei a estética final, comprei minha serpentina para ser lançada e... nada aconteceu.
Ou seja, eu estou muito frustrada.
Não apenas com o cancelamento [temporário?] dos planos de mudança e reforma [Eeii, eu disse que era sobre isso que estava falando? Nããão? Pois é, íamos nos mudar, reformar meu lar (doce) lar...], mas também com toda uma complexidade de outras coisas que acabaram ficando para trás.
Frustração é o meu nome hoje.
Guardem tudo. Não haverá mais festa.

26 de out. de 2009

Desejos imediatos de terceiro grau


Ai, ai. Não sei o que me anda acontecendo, mas ultimamente meu lado materno tem aflorado... Tudo o que vejo são bebês e mais bebês por todos
os lados.Meninos, meninas, mulheres grávidas e afins.

Tenho tido uns sonhos loucos em que estou grávida
[!] de gêmeos[!!!].
Um menino, uma menina.
E já me vejo fazendo a decoração do quarto, comprando os móveis, as roupinhas, andando
enoorme e tudo o mais!

O que diabos está acontecendo??

Que revolução hormonal é essa??

Foi nosso último encontro, só pode ter sido!
Isso de eu ficar vendo você sorrindo e me falando coisas tem mexido comigo!
Você mexeu com minha cabeça, bagunçou minha sanidade.

Agora é apenas no que eu consigo pensar, sonhar, desejar...

Nós dois.

Lá, no nosso lugar. Porque andar de mãos dadas, caminhar na areia da praia e beijar você é meu paraiso.

Lá, no nosso lugar, somos só você e eu.

E meus estranhos últimos sonhos com bebês...

Você está mexendo com minha cabeça!

É nisso que dá pensar tanto em vc... deixo seus desejos me invadirem, me
vejo desejando também.

É nisso que dá sonhar tanto com você,

desejar tanto você

e me deixar despertar para tais sentimentos.

Você me faz tão bem assim.

Calmamente como tem que ser.

Sonhando com outros mundos possíveis, outras realidades, alternativas ao
que tenho agora.

Você me faz bem.

Eu quero esse sonho.

Eu quero essa realidade.

Quero a promessa dessa vida dourada, doce como o sol brilhando no alto
do meu sorriso.

Eu quero a sua boca na minha, me falando obscenidades românticas.
Quero seu corpo encaixado no meu, sua respiração na minha nuca e a
trilha fria da sua saliva na minha pele.

Quero o toque, a fala suave, o sussurro, os gritos!

Eu quero tudo.
E quero você.

Quero aqueles dias tranquilos de passeios e conversas amenas.
Quero a simplicidade do seu sorriso e a complexidade do que você sente.
Quero teu desejo ardendo em brasa, extravasado em mim.
A urgência tão desvairada e meiga, a necessidade de nós.

Sua semente plantada em mim. - Os gêmeos com que eu venho sonhando!

Seus. Tão seus!

Quero a magia disso que sonho, você completo, inteiro. Meu.
Eu quero você com todas as implicações de meu desejo.

Sonhar com meus bebês me fez desejar com mais intensidade você.

Estou sofrendo uma revolução hormonal!

Você me faz desejar uma vida tão distante do agora...

Desejar coisas que eu nunca imaginei em pensar existir na minha realidade.

E eu não quero acordar desse sonho.

Eu quero você!

Aqui. Agora. Real.

18 de out. de 2009

Últimas notícias da redação


Pensei em muitas coisas que dariam ótimos posts aqui, mas minha mente é convoluta...não decidi sobre nada. Tem acontecido tantos fatos ultimantemente que, sinceramente, eu precisaria passar dias na frente desta tela para relatá-los devidamente bem.
Pois bem, estou me organizando pra fazer bem o que gosto:
escrever!
Amor, ódio,dor, alegria, vingança, paixão [humm], nada e mais um pouco. Trama de novela. Cada tema chama minha atenção e cada um me exige, absorve, mas ainda não consegui deixar as minhas convulsões mentais de lado tempo suficiente.

Idéias
Idéias
Idéias
São tantas!

Então decidi que não importa o tempo que leve, vou acalmar meus nervos tão impacientes [eu já disse que não tenho muita paciência?] e organizar minha brilhante mente [que me desculpem os modestos, mas auto-promoção é fundamental!].

Preciso exorcizar meus demônios interiores, saudar as boas novas, reverenciar a beleza, a dor e todos os aspectos da minha natureza e de tudo o que me cerca - o imenso espaço de mundos múltiplos, desconhecidos, rotineiros, fascinates...

E para antenar vocês com os últimos acontecimentos de minha nada mole vida [qualquer semelhança não é mera coincidência!], aqui vai um breve relato:
Aparentemente após ter acesso a um muito valioso e poderoso talismã, minha sorte [ou falta dela, no caso] deu uma guinada! Meu rastro de corno deu uma amansada e já não venho sofrendo tantos infortúnios quanto antes [pelo menos eu os tenho contido com maior eficiência...]. Acho que consegui despistá-lo um pouco, ou quem sabe é verdade o que dizem sobre a proteção divina aos menos favorecidos pela sorte... só o que sei é que agradeço!
Muito obrigada Deus!

Minha paciência [já disse que não tenho muita?] vem sendo constantemente testada [Ohhh!].
Situações que me tiram do sério, me fazem respirar fundo e contar até 1000 [porque se contar até 10, eu certamente voaria no pescoço de alguém], testam meu lado mais controlado [e que bom descobrir que ele é mais desenvolvido do que eu imaginava!] e me fazem alcançar o alfa - eu entro em alfa, em stand by [como queiram chamar] para sobreviver a certas coisas [afinal eu não sou de ferro, apenas humana!].
E olha que não foram poucas!

Mal entendidos desastrosos, disse-me-disse, mais mal entendidos, gente sem noção se metendo na vida alheia e uma vontade louca de bater e matar algumas pessoas.
Faltou pouco...mas eu respirei e entrei em alfa.
Tenho resistido estoicamente aos meus humores assassinos.

Uma dica
: se as pessoas soubessem o risco que correm ao testar minha paciência e meu humor, certamente não o fariam com tamanha frequência... sabem aquela fila no céu para atributos antes de nascer? Pois é, eu não entrei naquela em que distribuiam Paciência...

Pois bem, isso é apenas um breve vislumbre do que vos espera... Continuem rezando por mim, me enviando boas vibrações. Estou fazendo minha parte com meu talismã e minhas contagens agregads de profundas respirações, mas uma ajudinha é sempre mais do que bem vinda!



15 de out. de 2009

Pra não dizer que não falei de flores...


Eu vi o dia tão claro! Senti imensa vontade de andar sem rumo. Senti o gosto da brisa, do céu azul e minha alma ficou plena... O amor é assim. Alegra o mais sombrio dos dias. A calçada à frente, a areia nos pés e o barurilho bom das ondas... Eu realmente estou no paraíso! E estar no paraíso não tem nada de sagrado, é apenas sentir-se bem com o que se tem à mão, com o tempo presente e com as escolhas de agora. Então eu saúdo o Sol e o calor de dias melhores; agradeço às nuvens claras de algodão e suas imagens irreais que me fazem sonhar acordada. Eu saúdo a vida! E que sejam bem-vindos os desejos intensos e suas recompensas; que sejam bem-vindos os sorrisos inconsequentes, as tardes sonolentas e preguiçosas ao som do blues. Eu vejo flores, vejo borboletas e cor por onde ando. Enfim o Sol voltou à sua órbita e meu pequeno planetinha ainda gira em seu redor. Eu estou aquecida!
Posso sentir o gosto da maresia saturando minha pele e finalmente isso é bom, dá prazer e não causa angústia. Eu finalmente estou voltando ao eixo, gravitando da maneira mais saudável. Caminhar não é mais um ato de fuga, mas apenas uma expressão de liberdade. Enfim eu posso abrir os braços, sentir a brisa bagunçando meu cabelo e sorrir. Eu estou bem. E tudo isto pra não dizer que não falei de flores em meio ao deserto, porque até no mais árido clima se podem encontrar os mais belos espécimes.

13 de out. de 2009

Baby blue


A garota acordou para mais um dia. Mais um dia em que não sabia de nada o que iria acontecer.
O sol se levantou no horizonte e lá fora ardia com a vida que nela não existia já há algum tempo...

Ela sonha, acorda e faz coisas rotineiras, mas verdadeiramente não está lá.

Faz muito tempo que a garota não está lá...
Mas tão perfeita é em seu mundo de faz de conta que a menina consegue está em ambos os mundos ao mesmo tempo.
Só podemos nos perguntar se ela existe inteira em todos os espaços...

Mas algo me diz que não, que já faz algum tempo que a garota não está inteira, que a vida que vive é uma vida pela metade, que a vida que vive é um conto que conta para si e para os outros.

Uma mentira?
Não há nada tão pleno no momento dentro de nenhuma esfera.
A menina sai, sorri, conversa e vê coisas, anda e conhece lugares, pessoas.
Mas ela não está lá.

Faz algum tempo que ela não está lá...
Lê livros e se emociona, ouve histórias e sente empatia, mas a garota não consegue descobrir dentro de si o caminho de volta.

Perdida entre mundos estranhos, sentindo coisas estranhas - ou nem tanto. Ela já está habituada a tais sentimentos. Nós é que estranharíamos se pudéssemos enxergá-la. Estranharíamos a enorme contradição de sua existência, de seu jeito de ser e estar no mundo.
Se pudessemos vê-la...
Invisível.
Mas a garota segue em frente, alheia [ou assim parece] ao que a cerca e às impressões que causa.
A menina caminha ao longo da via, seus olhos absortos não revelam nada de seus pensamentos, apenas um observador mais atento perceberia a dor que arde lá dentro.

E ela segue...
Ninguém parece perceber as lágrimas não derramadas, o grito calado no peito e a angústia - ah, a angústia sempre tão presente!
Eles não veem nada. Apenas enxergam o exterior tão bem trabalhado que ela exibe tão bem.

E ela segue invisível na multidão...

Apenas sonha e seus sonhos são estranhos e desconexos. Antagônicos.

Escuridão e luz.
Noite e dia.
Dor e ausência - dormência.
Gelo e fogo.
Vida e morte...

Degladiando-se dentro dela... E sua bela fachada não reflete nada aos menos perceptivos.

Ela não fala, apenas sorri um sorriso que não lhe chega aos olhos e então tudo está bem para todos.

Pronto. A menina não tem motivos para ser infeliz.
Ser. Estar.

Ninguém sabe para onde ela vai, e acredito que nem ela mesma o saiba, mas ela segue.
Espera poder encontrar seu destino, a resposta, seu fim.

A menina espera encontrar algo.
Não suporta mais o silêncio de seus gritos, o sabor amargo de suas lágrimas não derramadas e o gosto cinza de tudo que a cerca, de tudo o que parece viver.

Ela não suporta mais o fingimento diário de sua vida, a multiplicidade de papéis que desempenha, fingir não sentir a dor que a dilacera e sorrir.

A menina não quer mais ser desmembrada e sorrir.
A menina não quer mais ter de fingir.
Ela não suporta mais sorrir.
Quando tudo o que mais quer é gritar e chorar, ela não suporta mais ter de sorrir porque tudo está bem, porque tem motivos para ser feliz e o é.
Ela não suporta mais.
Ela quer poder chorar as lágrimas que não consegue, gritar a dor e rasgar-se.
Ela quer explodir. E entender...
Não quer responder perguntas para as quais não tem resposta.
Não quer conter-se em sua redoma dourada de sangue.
Não quer mais experimentar a bruma de seus pesadelos e sentir o gosto da angústia na ponta dos dedos, dentro dos ossos.
Quer desnudar-se. De tudo, de todos.
A menina não quer viver mais essa vida.
Ela não quer mais viver.

7 de out. de 2009

Memórias esquecidas e o tempo


O tempo passa tão lento e certo. Nada o detém.
E nele, contidas as nossas memórias, passamos também.

Houve um tempo em que acreditei que minhas lembranças iam permanecer para sempre, gravadas tão fundo, dentro de mim.
Protegidas
.

E eu saberia quem sou.

Eu saberia onde me encontrar quando estivesse perdida, quando não soubesse mais quem sou eu.

Por que eu estaria lá guardada e tudo aquilo que me fez ser assim.
Todas as pessoas que eu amo e são tão importantes, todos lá preservados para o sempre tão eterno.

Mas tão inclemente, o tempo nublou minhas memórias, roubou de mim a nitidez do rosto, o cheiro da pele, a clareza da voz... embotoou tudo e já não sou mais capaz de lembrar.
Faço força, penso e tento, mas não sou boa o bastante e fracasso.

O tempo está apagando os contornos de minhas lembranças
.

As boas e as não tão boas.

As ruins e as insuportávies.

Todas elas roubadas de mim
.

Passo momentos inteiros tento recuperá-las para mim.
É um exercício doloroso [um sentimento de perda, de fracasso] tentar desenterrá-las, ressucitá-las, afinal elas ja se foram e não posso mais dar-lhes vida.

Todas mortas como meu passado...

Houve um tempo em que acreditei na intensidade daquilo que vivia, nas marcas que me deixou, mas até mesmo isso está se perdendo.

Não consigo mais sentir
.

As palavras, os sons, os cheiros... é preciso tanto empenho para traze-los de volta!

É preciso coloca-los em um contexto e ainda assim não tenho a certeza de que o que me volta é real.
Tão nublados!

Já não dói mais e até isso me faz falta.
O tempo levou isso de mim também.

Eu fico pensando nas promessas que te fiz, de nunca te esquecer.
Estou quebrando todas.

Mas ali, naquele momento, eu juro, acreditei no poder de minha promessa, no poder de recordar sempre.
Acreditei no poder de manter em mim aquele momento vivo, aquela dor.
E você, através de mim,viveria para sempre.

E agora estou perdendo minhas lembranças.

Estou perdendo você.

O tempo cura tudo. Todas as dores, todas as feridas...

Não imaginei que era apagando que elas seriam saradas.

Eu as preferia mil vezes a deixar de lembrar.

Porque não lembrar dói muito mais.

E é por isso que escrevo. Hoje menos que antes, mas ainda assim escrevo para manter vivas em mim as lembranças que não quero esquecer.
Porque não quero me tranformar em um recepitáculo vazio e sem alma.

Porque não quero deixar morrer as memórias que eu tenho de você.

Eu não quero quebrar minhas promessas.

E eu não quero esquecer você.

Não como já esqueci sua voz e seu cheiro.

Não como esqueci o modo como falava ou se brigava ou brincava comigo.
Eu não quero esquecer de mais momentos nossos que me trouxeram onde estou, me transformaram em quem sou.

Eu não quero esquecer você!

Por que eu não me lembro de ser criança.
E não lembro de ter crescido...

Não sei como cheguei até aqui.
O tempo me roubou isso também.

Enevoando tudo, desbotando as cores das minhas lembranças e agora tudo me parece irreal. O tempo roubou minhas recordações. Me tirou o último vestígio que tinha de você.
A ligação que eu tinha com quem eu era.

Eu sinto muito.

Eu estou esquecendo.

Da série Dias em que não se deve acordar : Fim de semana


Sabe quando o fim de semana promete ser maravilhoso? O sol brilha lá no alto, praia marcada com os amigos... apenas mar e ótima companhia!
Pois é... promessas, apenas!

O dia começou lindo, é verdade, mas bastou eu colocar o pé para fora de casa e nuvens se formaram no céu... hummm mal preságio?
Que nada! Minha sorte mesmo...
Cheguei à praia e graças aos Céus [!!!] elas foram embora e o sol brilhou.
Aproveitei muito a presença sempre maravilhosa de amigas e amigos maravilhosos. O dia não podeia ser melhor!
Enfim o fim de semana começa bem. E o sábado terminou melhor que o imaginado.
Mas eu pisei em rastro de corno e isso não deve ser esquecido...

Domingo. Dia de almoçar fora, ir ao cinema, curtir a noite.

Se o sábado começou bem por que não acreditar que este dia também vai ser?
Mas dois dias seguidos de sorte??? Isso será possível?

Fui almoçar com minha prima que me preparou uma lasanha especial, fez um bolo especialmente para mim e tudo!

O desvio da rota? Meu sapato liiiiindo de morrer e super chique apertando no pé...

Ir ao shopping em um domingo para pegar um cineminha... maravilha...
A macumba no meu caminho? O filme que eu queria ver não estava em cartaz...

Dar umas voltas e jogar conversa fora com alguém que te entende perfeitamente. Perfeito!
A urucubaca? Mal conseguir dar dois passos com o maldito sapato e correr pra primeira loja para comprar um mais confortável e ainda passar mal na fila para pagar o bendito! [até que é lindinha, a minha sapatilha].

Ir caminhar na praia, comer uma tapioca, ver a noite chegar, jogar conversa fora... nada melhor para terminar o dia...
O rastro de corno? O sapato novo que quase me tira sangue dos pés [que ficam esfolados, em carne viva], o passeio interrompido pela chuva que caiu e sem contar a falta de energia no Gbarbosa em plena fila...
Ahhh saii de mim que esse corpo não te pertence!!!

1 de out. de 2009

A luz de um dia [quase] normal


Mais uma manhã para mim. [Uiiii, chagou me dá arrepios só de imaginar como iria ser]. Isso não seria novidade alguma, mas com a sorte [ou falta dela] que ando tendo tenho medo até de acordar. Bem, isso seria bem difícil para mim, já que não consegui dormir muito. Pensei: mas já ta começando tão cedo?? Um prenúncio bem ruim...
Mas não foi!
Pela primeira vez em semanas, apesar de algumas coisas, o dia foi quase... normal!
Quando imaginei mais um dia ruim [o início não foi dos mais promissores], eis que me surpreendo com a luz!

O meu tormento de todo dia veio tão vazio e no horário que por várias vezes me perguntei se peguei o ônibus certo...

Será que agora dei pra ler letreiros errados e estou indo para outro lugar?? [era só o que me faltava!] Mas não!!!
Milagre dos milagres eu estou no lugar certo, na hora certa!
Milagres dos milagres consigo chegar 5 minutos antes do meu horário!
O que mais esta pobre criatura poderia querer da vida?
É o paraíso. [ alegria de pobre é assim mesmo...]
Não posso dizer que tudo foram flores, mas também não só espinhos, o que já é um grande avanço.
Nada de quebrar no meio da estrada, nada de ser espremida, nada de muitas torturas.
Apenas o mais normal dentre os mais normais dos dias em muito tempo.

Como diria minha Sol, eu vi a Luz!
Ta, tudo bem que ela era apenas a luz da cozinha que acendi logo cedo, mas quem liga?
Luz é luz, afinal!
Só me falta agora tomar meu banho de pipoca com arruda pra tirar essa uruca desgraçada de mim.

Xôoo azar! E faça-se a LUZ!



"Sento-me à espera de um dia, no fim do tempo, me parecer menos comigo".
Autor desconhecido.

29 de set. de 2009

Dias em que não se deve acordar ²


Realmente acho que pisei em rastro de corno, chutei uma macumba na esquina, colei chiclete na mesa da Santa Ceia ou atirei pedra na cruz...
Será que é possível passar um dia pior que outro?
Novamente acordei às 5 da manhã, mas desta vez, como toda desgraça pouca é bobagem, quase fui jogada da cama em pleno sono dos mortos por um estridente alarme que me acordava para mais um dia. [Ó céus! Ó vida!]
Tomei meu café da manhã esperando que o dia fosse melhor que outros, mas quando não se deve acordar é melhor ficar na cama e quando não se respeita isso você sofre as consequências...
Fui tomar banho e... onde estava a porra da água que não estava no chuveiro??? Resultado?
Banho de balde com água fria.
Saio atrasada de casa e mais uma vez espero uma aternidade por um ônibus que vem hipermegalotado. Eu não o pego.
Besteira, estou treinando a paciência.
Mas desgraça pouca é bobagem... o outro passa muito tarde e é claaaro que estou muuuito atrasada.
Quem liga? Não vale a pena me irritar com pouca coisa.
Morta de sono, finalmente chego até o local para pegar a van para outra cidade - meu destino.
Tudo vai bem até metade do caminho - apenas uns poucos mintutos de paz na santa tranquilidade do sono dos mortos e... quebramos no meio da estrada. Um local ermo e sem nenhum sinal de celular que nos possibilite um pedido de socorro.
Eu e minha sorte! [Nunca duvide do poder de um rastro de corno no seu caminho!]
Quando finalmente conseguem me colocar em outro veículo, sou espremida [e isso não é figura de linguagem! Pura realidade] entre tres homens em um lugar onde só cabem eles mesmos.
Advinha a cara assassina com que me olharam. Eu não procurei olhar muito na direção deles - estava apertado demais para me mexer].
Chego ao meu trabalho com mais de uma hora e meia de atraso. Mas quem liga?
Certamente não eu. Paciência é meu nome hoje!
Sabe a técnica de controle de emoções?
Consigo usá-la melhor que ninguem.
Minha voz que procurava explodir por minha garganta vinda das profundezas de meus pulmões era quase inaldível. [Tão doooce!]
Meu rosto, uma máscara de tranquilidade enquanto eu fervilho. [Tão puura!]
Eu sou a leveza em pessoa me disseram hoje.
Quanta ironia!
Eu só queria uma desculpa para explodir e não me deram nenhuma que valesse a pena... que pena!
Acho que vou hibernar por uns tempos.
Assim não corro o risco de acordar em dias em que deveria ficar congelada em meu sono.
Ou talvez, quem sabe, tomar um banho de pipoca com sal grosso e arruda.
Matar alguns também ia ajudar a dessestresar um pouco... mas acho que não iam concordar comigo neste ponto, não é?
E com a sorte que ando quebrar na estrada não vai ser nada.

27 de set. de 2009

Do you want to play? So let's play!


Sabe, não se deve brincar com uma mulher. Principalmente se essa mulher não estiver atravessando uma boa fase...
E definitivamente esta não é uma boa fase.
Não se deve inflamar os brios desta mulher. Não se deve acender/atiçar a fúria incontida dela.
Isto é tão idiota quanto por lenha na fogueira ou gasolina em fogo alto.
O resultado? Com toda CERTEZA você vai sair queimado!
Portanto, até que eu tenha uma boa resposta, uma explicação convincente é bom se preparar para viver dias difíceis...
Você pode ser burro, mas duvido que seja tanto.
Uma mulher em uma fase ruim é tão letal quanto veneno.
E a raiva inflama minha garganta neste exato momento...
Eu não gostaria de estar na sua pele quando eu começar.
Sei que sou uma boa pessoa. Sim, eu sou.
Mas também sei ser muito má, tão perigosa quanto o bote da serpente.
Eu sou dissimulada e extremamente cínica.
Uma das minhas eus, sei que entende.
Portanto, eu o aconselharia a não me irritar. Eu não sou uma boa pessoa quando irritada.
E sabe? Nestes tempos eu ando com muita vontade de exercer meu lado negro. Exercitar um pouco a maldade que tenho. Já deu para perceber isto nos outros posts, não foi?
Acho que encontrei o modo perfeito de fazer isso.
Porque estou muito irritada agora.
Se quer jogar, achou a adversária ideal.
Fazer de sua vida um inferno vai ser como brincar no playground - dirversão infantil.
Portanto pense bem se quer entrar nessa. Eu não costumo ser generosa com frequencia.
E só vou perguntar uma vez:
Você quer brincar?

25 de set. de 2009

Dias em que não se deve acordar

Certa manhã a garota acordou. Não seria um bom dia para ela, esses não eram os melhores tempos.
Pensou em ficar na cama - definitivamente ela não deveria levantar!
Mas levantou. Fez tudo o que sempre faz em todas as manhãs.
Mas o mundo não estava colaborando...
Ela não dormiu bem, apesar de ter ido deitar às 20:45 e acordado às 5h da manhã.
Ela lavou os cabelos - estava tudo bem para ela até o momento, mas a vida sempre prega preças em quem se levanta em um dia em que deve ficar na cama...
Fez sua maquiagem para ir trabalhar e ao calçar os sapatos para sair [feliz por não estar atrasada] ela passa mal, mas mesmo assim, contrariando todos os avisos ela sai de casa.
Passa uma hora inteira esperando um ônibus e quando este passa, está lotado. Mas, ainda assim ela enfrenta o martírio. Fica todo o trajeto de 35 minutos em pé, levando cotoveladas e pisões nos pés, sem contar, é claro, os empurrões... mas ela foi forte, não desmaiou!
Seus únicos momentos de paz foram os 40 minutos que cochilou até chegar a seu trabalho...onde chegou com uma hora de atraso.
Lá ela finalmente reconheceu que não deveria ter saído da cama.
Tarde demais!
Sentia a todo momento que precisava gritar, quebrar alguma coisa e bater em alguém - precisava explodir!
Mas tudo que fazia era sorrir e agir como se nada estivesse acontecendo, afinal ela é um poço de doçura...
A todo instante se perguntava o motivo de ter levantado e se obrigava a não deixar transparecer o que sentia. Quanto mais alto queria gritar, mais baixa sua voz saía. Quanto mais vontade de quebrar algo ou bater em alguém sentia, mais suave era seu toque.
Um verdadeiro poço de contradições.
Quando finalmente achou que já suportou muito por um dia e resolveu ir para casa [enfrentando a jornada de 80 Km entre cidades, incrivelmente tranquila - com a sorte que teve durante todo o dia era de se esperar que o ônibus virasse, batesse, explodisse. Algo do tipo, você me endende, não é?], novamente pega um ônibus lotado e chega em casa com uma dor de cabeça filha da mãe, de enlouquecer mesmo.
Ela então resolve não lutar mais. Vai para a cama [de onde não deveria ter saído] às 19:45.
Afinal há dias em que não se deve acordar.

23 de set. de 2009

Minimicrodesabafo

Eu sei, eu sei que estou me repetindo, mas preciso colocar um pouco disto para fora antes que eu me consuma completamente.
Estou completamente cansada de tudo isto.
Completa e totalmente esgotada de tentar fazer dar certo.
Eu simplesmente não sou boa nisso!
Estou cansada de bater cabeça na parede.
Cansada de lutar.
Cansada de não saber a direção.
Cansada de sustentar esta máscara. Eu já fiz isso por tempo demais, tempo suficiente.
Cansada de de me sentir esgotada, sempre no limite.
Eu não quero essa vida!
Todo fim de ano é assim.
Loucura total.
Sinto que perdi o controle. Eu perdi.
E minha felicidade [tão frágil, ela!]escapou de mim.
Chega logo ano-novo!!! [nem que seja pra eu me arrepender depois]

Qualquer dia desses eu conto a história completa...

13 de set. de 2009

Momento mais sereno


Bem, aqui volto eu mais serena que ha alguns dias, mais serena que ontem.
Desabafo feito, nada a retirar [talvez a acrescentar, mas agora não vem mais ao caso].
Poderia dizer que foi puramente efeito de hormônios enlouquecidos [e não estaria mentindo], poderia dizer que estava engasgada [e mais uma vez seria a mais pura verdade].
Enfim, eu poderia dizer muitas coisas que explicassem/justificassem meu acesso de ontem, mas por que eu faria isso?
Não mudaria em nada o que estava sentindo e certamente não vai mudar.
Foi bom desabafar, bom colocar um peso para fora e me desafogar um pouco da angústia que venho sentindo.
Olha só como estou mais serena! Nem pareço a eu de ontem...[!]
Talvez seja a chuva e o fato de ter dormido muito por hoje... tem algo de familiar e calmante na chuva, algo de normal ouvi-la caindo no telhado.
Talvez faça parte de quem sou.
A parte de mim que ama o por do sol e dias de chuva no telhado, enrroscada nos lencóis quentinhos, a parte de mim que ama a lua e a noite...
E provavelmente também responda minha pergunta o fato de ter me esvaziado.
Eu não sou muito boa com respostas!
Só o que posso dizer é que estou mais calma, embora tenha a certeza absoluta que daqui para frente os dias tendam a ser mais loucos e que certamente vou me consumir como uma vela - minutos contados de luz, tempo determinado.
Uma rápida analogia: sou como uma pilha. Início do ano sou retirada novinha da embalagem e vou me desenergizando ao longo dos meses. Resultado? Bem aqui para todos verem! Completamente gasta.
E isso definitivamente não é nada bom para ninguém. Não é bom para mim, nada bom para quem convive comigo [embora estes mal se deem conta do que se passa comigo... não perceberiam até que tudo lhes estourasse na cara!] - bela parceria esta minha!

12 de set. de 2009

Inominável


Que tédio!
Infelizmente eu o alimento e não sei como deixar de fazer isso. Eu fico pensando na vida e isso me deprime muitas vezes. Me deprime muito ver o rumo que as coisas tomaram, ver por onde seguem e as coisas que não consigo fazer.
Recebi notícias que me abalaram, notícias que só vinham confirmar o quão abaixo de minhas espectativas estou vivendo.
Me conformando com tão pouco... Que mediocridade!
Onde foi que começei a errar o caminho?
Onde foi que me perdi afinal?
E eu que sempre tive altos padrões, sempre tão firmes... pelo menos eu acha que eram.
Quando foi que me tornei tão medíocre?
Onde foi que o sonho deixou de existir? Quando ele terminou?
Ou eu, tão sonhadora, não percebi que o sonho que eu sonhava não era aquele que eu queria? Que ele nunca existiu?
Eu não percebi que me perdi tanto.
Eu não quis perceber que eu tomava a estrada errada, que nunca estive na certa.
E agora estou sem rumo, perdida numa enxurrada de pequenos erros que de tantos e tão pequenos se transformaram em um grotesco retrato de minha vida de agora.
E definitivamente eu não gosto do que eu vejo.
É estranho poder me reconhecer e ao mesmo tempo não.
É estranho saber que teoricamente posso mudar e ter a certeza que eu não sei por onde começar porque o que vejo se assemelha a um emaranhado de tropeços, de faltas, omissões e conformismo. Nada daquilo que eu planejei viver é tudo o que tenho vivido.
Pequenos pedaços daquela que fui, daquela que eu sonhei ser. Destroçados e multilados pelo caminho. E eu aqui tento inultilmente juntá-los para [de novo] ser inteira ou apenas para não desmoronar publicamente em minha miséria. Aparentando viver o sonho da cinderela perfeita e imaculada. Aquela que nunca sofre, nunca erra e vive em estado eterno e irreal de profunda felicidade, onde tudo sempre dá certo, onde o erro é apenas uma palavra desconhecida no dicionário.
Hoje eu estou aqui. Esta agora é minha realidade e não é nada bonita de perto.



>>>> Tema musical para estes dias: Fiona Apple - albuns: Tidal e When the pawn

8 de set. de 2009

Vivendo a fantasia

Eu estou doente.
Não totalmente à beira da morte [ou não estaria aqui na frente de uma tela que me cega e sentada numa cadeira que me dá dor nas costas].
Doente de uma gripe filha da mãe que eu vivia fugindo e tirando onda por ela não me pegar quando todos a minha volta foram derrubados por ela.
Ohhh vida infeliz! Ela enfim me pegou!
Pois bem. Afora as dores no corpo e na garganta [especialmente debilitante para mim], afora a falta de ar provocada pela congestão nasal e a constante necessidade de assoar meu lindo narizinho [que agora se assemelha a um tomate horrendo e inchado] eu estou quase bem.
Quase tão bem que entrei na net e li um dos melhoeres posts que minha linda prima-sol poderia ter escrito para iluminar a noite de sua enferma prima aqui.
Entitulado "Eu sou (quase) uma mulher de NOVA" >>> link para ele >>> http://desnecessariasolidao.blogspot.com/2009/09/eu-sou-quase-uma-mulher-de-nova.html
me fez perceber o quanto estamos propensas a nos converter em uma figura totalmente fora da realidade para agradar a quem [?].
Ameii o modo como ela se descreve, como promove sua beleza. Ela é assim!
Então me deu uma invejinha, uma vontade de tbm ser...
E uma vontade maior de me olhar de fora.
Afinal, o que os outros veem quando olham para mim???
Acho que uma garota perfeitamente normal. Nenhuma beleza estonteante que possa dignar um segundo olhar mais aprofundado. Uma garota-mulher de pele branca [amarela?], manchada pelo sol [seria mais bonitinho falar "com sardas"]mais parecndo com uma barata descadada devido ao sol da última semana, magra, uma falsa-magra como me dizem alguns, mas totalmente fora dos padrões de peso elegidos pelos Srs. Médicos [graças a Deus!], um cabelo, que como diria minha prima "esta longe de ser um espetáculo" [sinceramente ele ja viu dias melhores...] e é claro que possuo o terror absoluto das mulheres: celulite! Aff. Quando descobri a minha primeira não dormi a noite, fiquei horrizada como o fato de que em minha pele tão perfeita aquele ser horrendo habitava... mas hj não penso [tanto, e isso é fato! sempre vamos nos preoculpar com elas] nelas. Não sou de comer muito, por vezes até esqueço que os seres humanos normais, com necessidades humanas normais, a minha volta precisam comer! [Por favor se eu não lhes oferecer um lanchinho não esqueçam disso]. Mas o que como com prazer e até mais do que deveria é doce. Muito doce. E chocolate, ah esse amigo de horas tão diversas que está sempre cmgo[sempre mesmo.Tenho um estoque guardado em meu guarda-roupas!]e coca-cola. Tudo que como com prazer e que vai direto sabe para onde? Direto para minha bunda, para minhas coxas, alimentando minhas inimigas celulites!
Mas fazer o que? A vida ja é tão parca de prazeres que não pretendo me negar a uns poucos que posso me oferecer...
Mas ainda assim [e aí vem minha auto-promoção]posso dizer que sou interessante!
Oras! Se se derem ao trabalho de um segundo olhar vaõ perceber que tenho charme, eu sorrio com os olhos[!!!] e sei ouvir como ninguém. Não estou em meus melhores momentos, mas procuro não mostrar esse lado, ao contrário, faço de tudo para mostrar o melhor de mim [ninguém precisa se deprimir por estar perto de mim!]. Sei cozinhar razoavelmente, sou educada [uma lady inglesa educada nos melhores colégios franceses - como diria meu amigo Thy], consegui chegar onde muitos desejam [e olha quew não foi nada fácil], sou versátil, mil e uma habilidades!
E por isso tudo eu posso dizer:
Eu sou liiiinda
Maravilhosaaaaa
Não tenho um crossfox, mas me valorizo!
E o melhor de tudo: eu sei que posso evoluir cada vez mais!

3 de set. de 2009

Viva la vida ao sol!


Um fim de semana no paraíso.
Um fim de semana para descansar, exercitar o puro prazer do ócio...
Foi essa a proposta que recebi.
Cinco dias em Paris...pueira.
Cinco dias de liberdade absoluta de tudo que me prende a realidade sufocante.
Agora, em pleno inverno, tenho a cor do verão e o relaxamento de sair de órbita por alguns momentos.
Compainha excelente, lugar simplesmente maravilhosoo e tudo isso curtindo dias de sol, sal, areia e mar.
Maresia para curar o tédio.
Risos para a tristeza.
E amigos para a solidão!
Nada disso seria possível sem vc Felipe! ObrigadaaA!
Todas as palavras não são suficientes para dizer o qto estou feliz pela casa.

E que dias ensolarados venham banhar nossas vidas!
Porque não ha nada melhor que exercitar o ócio!

23 de ago. de 2009

Dio Mio


Andando pelas ruas sem rumo, apenas uma garota a mais na multidão. Com a cabeça em outros lugares, em outros mundos. Como eu disse, apenas uma garota sem rumo...
E de repente BAAM! Do nada surge algo para balançar seu frágil equilíbrio, a mais básica noção frágil de estabilidade e de controle que ela criou para si.

Dio!!

Balançou seu mundo.
Apenas surgiu do nada, assim como da vez anterior, e deitou por terra sua estabelecida confiança...
Ela pensou: 'Por que agora?? Por que ele?'
E repensou: 'Será realmente ele ou apenas a noção do tempo se perdendo no tempo?'
Torceu para encontrar uma resposta, sem saber realmente se queria uma...
E o mais interesante é q o destino parece querer brincar com a garota! Mais duas vezes no dia ela o vê e encara tudo o que tem se negado a ver, tudo o que seu desejo recharça para longe. Do consciente doloroso para a falsa tranquilidade forçada do inconsciente.
Longe dos olhos.
Longe do pensamento.
Longe do consciente.
Longe de seu mundo.
Apenas se negando a encarar uma realidade que não pode ser vivenciada agora.
Uma realidade que não está pronta para ela.
Ou seria o contrário o mais certo a ser dito?
Ela não está pronta para viver!!!
E agora?
O que ela vai fazer com isso?
Eu preciso pensar seriamente sobre isso....

16 de ago. de 2009

O cuidar


Cuidar de alguém envolve muita coisa. Envolve comprometimento, carinho, amor, segurança. Desprendimento.
Cuidar de alguém envolve doação. De tempo, conhecimento, de vida.
É preciso muito para cuidar de alguém, e acima de tudo, cuidar deve ser um ato voluntário.
Mas cuidar de quem?
Família, amigos, nós.
Esquecemos um pouco disto em nosso dia a dia. Esquecemos de coisas importantes todos os dias.
E por esquecer acabmos deixando de cuidar direito de pessoas importantes, esquecemos de cuidar... esquecemos. De tudo. Inclusive de nós.
Sei lá, acho q ando muito em baixa por estes tempos, talvez sempre tenha sido assim.
Sempre querendo estar na proxima nuvem, sempre querendo alcançar o proximo céu.
Deixando de estar em terra firme.
Sempre sonhando alto demais e esquecendo de viver. O aqui e o agora. Neste momento.
E eu por vezes esqueço de pesoas importantes. Não por querer, não por maldade, apenas porque sonho demais...
Esqueço de cuidar de quem amo.
Ja me disse tantas vezes!
O tempo - este vilão! - não para. Preciso acordar.
Eii! não esqueci de vc, apenas estava dormindo e, como semre, sonhando outros sonhos.
Mas não esqueci de vc.

1 de ago. de 2009

AGOSTO

Eu gostaria de começar este mês com cara nova.
Infelizmente eu só nasci com uma... Hahahaha, eu sei,essa não foi boa!
Mas de qualquer forma acho que deu pra entender meu ponto de vista.
Estive me deparando com outras possibilidades e isso me mostrou algo de bom e de ruim.
E vc sabe como dois sentimentos opostos podem conviver dentro de nossa mente.
Tormento.
Ahhh, de novo essa vontade enorme de gritar, correr por aí.
Fazer qualquer coisa!
Apenas me mover...
Ah, este fim de semana fiquei feliz. Recebi um convite tão bom, animou meu coração e acredito sinceramente que consegui dar um grande passo para uma reconciliação que eu tanto desejava, que meu coração ansiava tanto!
Bem, de qualquer forma preciso organizar minhas ideias para poder dizer algo.
Até a próxima!

26 de jul. de 2009

Ordem no recinto! - e a felicidade correspondente.

Eu mudei de novo... hiii mas desta vez - mais uma vez - foi por fora.
Mas de qualquer forma é uma mudança que me deixa feliz.
Na verdade não foi uma mudaaança, assim com M maiúsculo, sabe.
Eu arrumei meu quarto, meu guarda-roupa e de certa forma foi como me organizar também.
Sinto que quando coloco em ordem esses dois espaços - meus mundos - eu de algum jeito entro no eixo também.
E fico muito orgulhosa!
Tudo do jeitinho que eu mais gosto - no lugar. Cada cor com sua correspondente - branco com branco, vermelho com vermelho... -, cada cabide retinho em seu espaço - dois dedos entre cada um... Tudo devidademente dobradinho. Nada fora de ordem.
Até quando eu não sei...
Pode até parecer coisa de gente com TOC, mas amo ver a sincronia e a simetria entre as coisas - ORDEM!
Pena que isso - essa ordem - não se interiorize em mim... :(
Mas ainda assim eu estou feliz. E amando ficar olhando meu cantinho arrumado. Meu quarto está transpirando paz.
Quase nem dá vontade de sair daqui!
Fico que nem uma idiota olhando ele, de fora, e me deixando contaminar por essa onda de... paz, orgulho. Sei lá!
Só sei que é bom. Mesmo sendo idiota.
Agora, como boa Amélia que baixou em mim, só falta lavar um "lavado de roupa" pra minha felicidade ser completa.
E quem disse que não sou capaz de me satisfazer com pequenas coisas?

18 de jul. de 2009

Homenagem a quem me ensinou uma grande lição

Eu fiquei ausente por algum tempo e muita coisa mudou.
Pelo menos no mundo lá fora.
Eu perdi uma pessoa ha dois dias. Uma pessoa que passou por um grande sofrimento, mas sempre muito resignado. Nunca o ouvi blasfemar ou se lamentar. E ele partiu em paz.
Aprendi muito com ele pelo tempo em que estivemos juntos e acho que isso foi o mais importante.
Aprendi - e eu ja sabia disso pq vivi na pele - a não deixar nada para amanhã. Pode ser muito tarde.
Aprendi que palavras machucam e q devemos pensar muito antes de dize-las. E se não for possível deixar de proferi-las, então que seja possível dizer "me perdoe".
Aprendi muitas outras coisas e relembrei outras tantas que ja figuravam como pano de fundo de minhas memórias e por isso esse tempo foi importante demais.
Relembrei a dor - em todas as suas nuances - mas isso não foi de todo ruim. Pude também relembrar a alegria que costumava estar presente. Pude resignificar muitas lembranças e adquiri conhecimento de outras através de olhos mais experientes.
Mas a liçao mais importante de todas - e todas em si são muito importantes - foi que por mais difícil que seja, por mais conturbardo que seja se relacionar, a famíla é a BASE de tudo. A família é o pilar fundamental de nossa existência e devemos conservá-la, amá-la, cuidá-la.
Porque são nos momentos mais improváveis que podemos contar com uma mão que nos socorre, com uma palavra de carinho e conforto, com o cuidado que só nosso sangue pode oferecer.
Brigas são esquecidas, mágoas perdoadas e o tempo - esse que não para - pode ser recuperado.
Eu aprendi isso e essa lição vou levar por toda minha vida. Pelo tempo que for.
Eu não sei se sou capaz de vivencia-la todos os dias, mas vou procurar lembrar qdo for mais importante. Porque aprendi que não ha muito tempo a perder.
Ele sofreu, mas seu sofrimento não foi em vão.
Deixou alguns laços mais unidos e espero, de todo coração, que possam se fortalecer, que as palavras ditas em seu velório possam penetrar nos corações de todos que as ouviram.
Ele partiu em paz.
E que esta paz não seja perturbada por coisas menores.
Esta é minha homenagem a meu tio Paulo, que com sua passagem por minha vida me deixou uma lição tão bela.
Descanse em paz com Deus.

21 de jun. de 2009

O dia em que morri.

Eu morri ontem.>>>19/06/09
Morri para uma pessoa q me conhecia há algum tempo.
Morri pq eu quis matar aquela pessoa que ele conheceu...não era mais possível viver daquele jeito.
Morri pq não sou mais aquela pessoa.
Gostaria, sinceramente de ser, mas não sou.
Uma pena.
Já era uma morte planejada, pensada.
Mas ainda assim doída.
Gostava de nossas conversas, de nossas brigas e de como ele mudou e de como eu mudei.
Eu gostava de quem eu era qdo falava com ele.
Eu queria aquela vida.
Amava o modo como ele me via.
Eu queria aquela vida.
E agora estou morta.
Gostaria de saber como ele reagiu à notícia... sei de sua resposta, mas o que eu queria mesmo era poder estar lá qdo ele abriu aquele email e soube...
Eu não gostei de morrer. Não assim.
Tão definitivo!
Minha prima me disse que eu não estava preparada para este passo. Talvez ela tenha razão... Mas ñ é o fato de ter morrido, mas sim não poder mais falar com ele.
Será que da pra entender?
Mas minha mente órfã, em luto, já pensa em novos movimentos para uma reaproximação...
Um renascimento.
Uma nova pessoa, muito mais próxima daquela que eu vou ser, daquela que estou sendo.
E ele vai gostar de mim [?].
Mas isso será justo? Mesmo eu sendo mais próxima do real?
Será justo me [re]aproximar dele?
Isso eu não sei...
Só sei do que sei agora. Do que quero agora.
E o que eu quero é não ser esquecida. Não quero ser relegada a um passado, ao esquecimento.
Não quero ser esquecida ou ser apenas uma memória fraca.
E meus planos se refinam...
Eu não estou conseguindo muita coisa com aquilo que me prometi fazer. Parece até que não tenho tempo suficiente e quando o tenho não consigo aproveitá-lo.
Uma pena mesmo.
Preciso mesmo refazer meus planos...
Organizar tudo de forma a fazer as coisas certas. Fazer dar tudo certo.
Não é nada fácil.
Eu ouvi uma música hj.
Eu a ouço ha alguns dias. Sempre a mesma melodia em minha mente.
Deve significar algo.

"Forever and a day... in the time of my life
'Cause I need more time, yes I need more time
Just to make things right
Damn my situation and the games I have to play
With all the things caught in my mind
Damn my education I can't find the words to say
About the things caught in my mind"

Mas não apenas isso. Mais que isso.
Deve significar algo então.
Como seria parar o tempo?
Como seria controlar aquilo que desejo que aconteça?
O que eu faria com o poder de decidir?
Nada.
Sonhos são apenas isso.
Sonhos.
Mas ha algo de bom em sonhar. Deve haver.
Senão, que sentido haveria?

8 de jun. de 2009

Limón y sal

Yo te quiero con limón y sal...

Hummm parece bom, não é?
Cheiro de sal na pele, gosto de mar na ponta da língua.
Sentidos que se excitam.
Tequliaaaa!
Quiero el mundo con sabor!
Quero cores mais quentes!
E viva la felicidad.

La melodia q esta en mi:

Tengo que confesar que a veces
no me gusta tu forma de ser
luego te me desapareces
y no entiendo muy bien por qué

No dices nada romántico
cuando llega el atardecer
te pones de un humor extraño
con cada luna llena al mes

Pero a todo lo demás
le gana lo bueno que me das
solo tenerte cerca
siento que vuelvo a empezar

Yo te quiero con limón y sal,
yo te quiero tal y como estás,
no hace falta cambiarte nada.
Yo te quiero si vienes y si vas,
si subes y si bajas y no estás
seguro de lo que sientes

Tengo que confesarte ahora
nunca creí en la felicidad
a veces algo se le parece
pero es pura casualidad

Luego me vengo a encontrar
con tus ojos me dan algo más
sólo tenerte cerca
siento que vuelvo a empezar

Yo te quiero con limón y sal,
yo te quiero tal y como estás,
no hace falta cambiarte nada.
Yo te quiero si vienes y si vas,
si subes y si bajas y no estás
seguro de lo que sientes

Sólo tenerte cerca
siento que vuelvo a empezar

Festa em Tributo ao Luto


Pensei no tema de minha festa de aniversário antes mesmo de delinear qualquer plano para um festejo. Apenas surgiu como um insight - Tributo ao Luto - um bom tema para comemorar um aniversário...
A idéia pegou... criou forma e ontem (06.06.09), realizou-se.

Não da forma como se concebeu em minha mente, mas tão boa quanto.

O que mais se pode pedir que reunir bons amigos e brindar?

O que melhor pode haver que estar em boa compainha e diverti-se?
Alguns [muitos] podem achar o nome fúnebre demais, inapropiado demais, mas fazer o que? Sou assim. Doidinha.

Não houve meus balões negros, prata e roxos, como eu gostaria. Nada de pratos e guardanapos pretos... mas haviam os amigos e tudo foi perfeito!

Obrigada pessoas tão queridas que partilharam este momento comigo! Diverti-me muitooo com vcs esta noite. E o mais importante! Não houve um só momento em que me questionei sobre a finalidade/utilidade/sentido de comemorar tal data. Eu estava/estou feliz pelos momentos que passei com vcs!
Portanto eu só tenho a dizer que a Operação Tribruto ao Luto [mesmo com algumas pessoas que acharam que era algum tipo de homengam póstuma(!) pelo meu passamento] foi um sucesso!