12 de set. de 2010

Quem sou e até quando?

De tudo e de todos, o que mais me é penoso é tentar dizer quem sou. Me definir como se assim eu pudesse em algumas simples frases resumir toda a complexidade de uma existência ainda tão curta, mas ainda assim inexprimível...
Por mais que eu fale, que busque significados, ainda ficaria um oco, algo que nem mesmo eu poderia preencher, pois sendo tão complexa e diferente, não saberia como definir a mim mesma.
Alguém alguma vez já conseguiu?
Somos feitos de tão diferentes partes, de tão belo caleidoscópio de sensações e sentimentos, que seria um grande erro tentar engarrafar este ser; engessa-lo e daí nunca mais mudar.
Sou tão mutável!
E que bom poder assim falar: MUTAÇÂO, metamorfose, TRANSFORMAÇÃO.
Essa sou eu até que não seja mais.
Até que seja outra eu...
E aí poder ter o imenso prazer e dor de me descobrir e me transmitir a quem quer que esteja em meu círculo.
A descoberta de quem somos nos leva a uma jornada que ao mesmo tempo é rica, complexa em si e dolorosa. Salutar e maldita.
E ainda assim tão necessária!
Essa jornada não termina nuca, pois um dia acreditarmos que chegamos ao seu fim, então já estaremos mortos.
Não, a jornada da descoberta de quem somos é tão longa quanto a vida que levamos para vivê-la.
A vida é mesmo um filme, um espetáculo sem roteiro, sem direção. Como atores desta peça, fazemos o que é necessário, mas sem nunca saber ao certo se no fim dará certo, sem saber se haverá harmonia. Só esperamos, acreditamos e temos fé que sim. Não há fórmulas para a vida.
Basta vivê-la.

E eu me contento por agora em saber que nada sei ao certo sobre mim. Eu ainda me busco em cada reação a algo novo, em cada sentimento despertado por lembranças - tão diferente a cada evocação!
Não, eu ainda não sei ao certo quem sou, ou mesmo para onde vou.
Sei onde quero chegar, as conquistas que quero celebrar. Sei de mim o que me dói, me machuca, sei o que me causa alegria e risos, mas não sei até quando isso me bastará.
O quanto é suficiente saber por agora e até quando. Isso eu não sei.
Se sou uma grande interrogação? Posso dizer que desde que disse isso passei a me conhecer um pouco mais e as dúvidas sobre certos aspectos cederam e outras surgiram em seu lugar.
Assim como dever ser.
Essa sou eu. Até não mais o ser...

2 comentários:

Eduardo Paulo disse...

Pocha Nina, me arrepiei todo quando li , nunca vi até agora um texto escrito por outra pessoa que seja tão... um texto "tão eu".
Sabe eu vejo o mundo duma forma diferente da maioria das pessoas(grande maioria), e por ver o mundo até mais colorido que os outros, eu levo o nome de lesado,bestão entre outros.que se fo... todos eles é que não sabem o que estão perdendo ser louco é a maior onda. kkk eu me melhoro, eu me aperfeiçoou eu me melhoro eu sou uma metamorfose ambulante EU SOU MAIS EU !!!

Nina et al disse...

Pois é Eduardo, então acho q somos muito parecidos neste aspecto. Tbm vejo o mundo de uma forma diferente dos outros. As vezes mais colorido, as vezes em tons de cinza, mas sempre diferente... e sou mais sensivel a tudo o q me cerca exatamente por isso. Isso nos faz questionar mais e quationando, nós evoluimos!

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