15 de out. de 2009

Pra não dizer que não falei de flores...


Eu vi o dia tão claro! Senti imensa vontade de andar sem rumo. Senti o gosto da brisa, do céu azul e minha alma ficou plena... O amor é assim. Alegra o mais sombrio dos dias. A calçada à frente, a areia nos pés e o barurilho bom das ondas... Eu realmente estou no paraíso! E estar no paraíso não tem nada de sagrado, é apenas sentir-se bem com o que se tem à mão, com o tempo presente e com as escolhas de agora. Então eu saúdo o Sol e o calor de dias melhores; agradeço às nuvens claras de algodão e suas imagens irreais que me fazem sonhar acordada. Eu saúdo a vida! E que sejam bem-vindos os desejos intensos e suas recompensas; que sejam bem-vindos os sorrisos inconsequentes, as tardes sonolentas e preguiçosas ao som do blues. Eu vejo flores, vejo borboletas e cor por onde ando. Enfim o Sol voltou à sua órbita e meu pequeno planetinha ainda gira em seu redor. Eu estou aquecida!
Posso sentir o gosto da maresia saturando minha pele e finalmente isso é bom, dá prazer e não causa angústia. Eu finalmente estou voltando ao eixo, gravitando da maneira mais saudável. Caminhar não é mais um ato de fuga, mas apenas uma expressão de liberdade. Enfim eu posso abrir os braços, sentir a brisa bagunçando meu cabelo e sorrir. Eu estou bem. E tudo isto pra não dizer que não falei de flores em meio ao deserto, porque até no mais árido clima se podem encontrar os mais belos espécimes.

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