29 de set. de 2009

Dias em que não se deve acordar ²


Realmente acho que pisei em rastro de corno, chutei uma macumba na esquina, colei chiclete na mesa da Santa Ceia ou atirei pedra na cruz...
Será que é possível passar um dia pior que outro?
Novamente acordei às 5 da manhã, mas desta vez, como toda desgraça pouca é bobagem, quase fui jogada da cama em pleno sono dos mortos por um estridente alarme que me acordava para mais um dia. [Ó céus! Ó vida!]
Tomei meu café da manhã esperando que o dia fosse melhor que outros, mas quando não se deve acordar é melhor ficar na cama e quando não se respeita isso você sofre as consequências...
Fui tomar banho e... onde estava a porra da água que não estava no chuveiro??? Resultado?
Banho de balde com água fria.
Saio atrasada de casa e mais uma vez espero uma aternidade por um ônibus que vem hipermegalotado. Eu não o pego.
Besteira, estou treinando a paciência.
Mas desgraça pouca é bobagem... o outro passa muito tarde e é claaaro que estou muuuito atrasada.
Quem liga? Não vale a pena me irritar com pouca coisa.
Morta de sono, finalmente chego até o local para pegar a van para outra cidade - meu destino.
Tudo vai bem até metade do caminho - apenas uns poucos mintutos de paz na santa tranquilidade do sono dos mortos e... quebramos no meio da estrada. Um local ermo e sem nenhum sinal de celular que nos possibilite um pedido de socorro.
Eu e minha sorte! [Nunca duvide do poder de um rastro de corno no seu caminho!]
Quando finalmente conseguem me colocar em outro veículo, sou espremida [e isso não é figura de linguagem! Pura realidade] entre tres homens em um lugar onde só cabem eles mesmos.
Advinha a cara assassina com que me olharam. Eu não procurei olhar muito na direção deles - estava apertado demais para me mexer].
Chego ao meu trabalho com mais de uma hora e meia de atraso. Mas quem liga?
Certamente não eu. Paciência é meu nome hoje!
Sabe a técnica de controle de emoções?
Consigo usá-la melhor que ninguem.
Minha voz que procurava explodir por minha garganta vinda das profundezas de meus pulmões era quase inaldível. [Tão doooce!]
Meu rosto, uma máscara de tranquilidade enquanto eu fervilho. [Tão puura!]
Eu sou a leveza em pessoa me disseram hoje.
Quanta ironia!
Eu só queria uma desculpa para explodir e não me deram nenhuma que valesse a pena... que pena!
Acho que vou hibernar por uns tempos.
Assim não corro o risco de acordar em dias em que deveria ficar congelada em meu sono.
Ou talvez, quem sabe, tomar um banho de pipoca com sal grosso e arruda.
Matar alguns também ia ajudar a dessestresar um pouco... mas acho que não iam concordar comigo neste ponto, não é?
E com a sorte que ando quebrar na estrada não vai ser nada.

1 comentários:

Borboleta pequenina disse...

Ai, ai, rastro de corno!
Acho que ontem eu pisei em um...
Aff!

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